Andando de metrô



Toda vez que chego de uma viagem minha mãe pergunta “E aí, como vocês andaram por lá?” e eu sempre digo “Uai, de metrô né mãe...”. Ela sempre fica pasma, acha inacreditável a gente se entender com aqueles metrôs imensos, com zilhões de plataformas, linhas, escadas, conexões e, ainda, em outra língua, tipo francês ou alemão.

Realmente, pode aparecer impossível se localizar e usar bem esse serviço. Mas não tenha dúvidas, você precisa apoiar todo seu planejamento de deslocamentos no metrô. Além de serem baratos, são rápidos, seguros, e chegam a várias regiões da cidade. Para você ter uma ideia, nós (e geral) íamos para as baladas anoite de metrô e era o máximo. Confira a segurança desse plano, ok?

Antes da viagem pesquise coisas básicas dos sistemas metroviários, tem algumas regrinhas básicas que variam de país para país. Tipo como funciona a compra, se aceitam apenas moedas, se vale mais a pena comprar vários tickets ao invés da compra de avulsos, os horários de funcionamento, etc. Na Alemanha, você compra as passagens nas máquinas brancas, e na entrada de cada plataforma existem maquininhas amarelas apenas para você validar o ticket, é obrigatório. Ela imprime a hora de entrada no trem e não existe mais controle nenhum. Já em Paris e Lisboa, você insere sua passagem na máquina, ela libera a catraca para o acesso à plataforma. Na saída é preciso inserir o mesmo ticket para liberar sua saída. Em caso de dúvida, nunca jogue fora ou perca seus tickets (eu sou mestre nisso).

A dica é sempre conseguir o mapa da cidade em questão. Marque todos os lugares que te interessam visitar. Depois adquira um mapa do metrô e brinque muito com os dois. Não tem segredo, marque o nome da estação do seu hotel e veja a estação de desejo. As linhas dos trens são divididas por cores e números. Então é só ir acompanhando as estações e ver se vai ser necessária alguma baldiação, anote o nome da estação (faça isso tudo antes de entrar no metrô), já entre com todo esquema anotado.  
Para descobrir a plataforma: defina a linha que deverá ser usada, a cor ou número.
Para descobrir a direção: Lá na plataforma você precisa saber a direção certa do trem (só podem ser duas). A direção sempre vai ser o nome da primeira ou última estação da linha que você está. Então para definir a direção, é só ver para que lado está a estação que você quer chegar.

É muito fácil mesmo, e nem precisa ficar falando com ninguém. É uma linguagem universal, as coisas que podem variar é a questão de compra e  coisas do tipo que eu já falei. A única coisa que não vai mudar é a honestidade das pessoas. Não existe um controle rigoroso de uso como aqui no Brasil. Não tem guardinha recolhendo os bilhetes ou coisa assim. Em alguns casos não tem nem catraca, é tudo aberto. E funciona. Todo mundo usa direitinho na base do bom senso. Então nada a ver, você turista, chegar lá dando uma de espertinho. E além do mais, de vez em quando tem um funcionário checando passageiro por passageiro, querendo ver a validade do ticket ou se ele foi devidamente validado. Se tiver na ilegalidade vai ter que pagar uma multinha de mais ou menos 80 euros + o vexame moral, sem choro nem vela.

Confesso que já andei no estilo “brasileiro” de ser, mas não por má fé e sim porque ou a máquina de vendas estava quebrada, ou simplesmente não existia a máquina na estação que estávamos. Eu fazia a viagem com o coração na mão, morta de vergonha de acontecer algo. E tivemos, em questão de proporção de uso, poucas visitas dos funcionários e graças a Deus, estávamos certinhas todas as vezes. A recomendação final é: Paga o negócio pô!

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