Caso: Brasileiras no Red Light District em Amsterdam



Da série Cuidado na estrada!


Quem pisa em Amsterdam mal pode esperar pela visita ao famoso e não-discreto Red Light District. Sim, lá é o canto da prostituição legal, formal e civilizada da “Veneza do Norte”. Não preciso dizer também que é o centro da curiosidade dos homens, e das mulheres. É complicado dizer quem sai ganhando na briga Red Light District vs Coffee Shop...pense numa sin city.

O Red Light é um bairro com algumas ruas cortadas pelos vários e charmosos canais. Durante o dia, é completamente inofensivo e se você for muito distraído nem vai reparar nas janelas com cortinas fechadas. Anoite, as luzes - estilo boate baixo nível - se acendem, as cortinas se abrem e o show começa. Mulheres (reais e postiças) se rebolam e embolam pelas fachadas em busca do “pão delas de todo dia”. É um vai-e-vem de gente em todas as direções...homens, mulheres, velhos, jovens, famílias, grupos, solitários...etc. Para incrementar o clima, nos arredores existem, além dos interativos coffee shops, inúmeras lojas sex shops.

Além das esquisitices das vitrines (mulheres e artigos pornográficos), as pessoas que circulam ali também são totalmente imprevisíveis. Estávamos hospedadas naquela região e ainda não tínhamos ido fazer nossa pesquisa antropológica pelas ruinhas do pecado do Red Light durante a noite. A missão foi estabelecida. 

Estávamos ali, eu e minha prima, perambulando animadamente pelas vitrines (1° conclusão: mulheres amam vitrines quais quer que sejam elas). E depois de algumas interações com as “donas do show”, positivas e negativas (2° conclusão: obedeça o aviso “Proibido tirar fotos”), tivemos o infeliz acaso de passar perto de um grupo de caras idiotas. Eles já meio bêbados e inebriados com sabe-se lá o quê, não hesitaram em nos perseguir por todo o resto do trajeto. De cara, sacaram que se tratavam de brasileiras e as piadas de todos os gêneros e níveis (em inglês) foram saindo. Andamos mais rápido e eles colaram na traseira tipo esses motoristas de Brasília em engarrafamento. Entramos numa lojinha para tentar despistar os stockers mas eles entraram também. O dono da loja não cooperou, ele fez aquela cara de mulherzinha amedrontada típica de filmes de assassinos em séries. A gente saiu de lá rapidinho para não presenciar o vendedor borrando as calças. Teve uma hora que um pateta pegou no meu cabelo e cheirou (tipo psicopata mesmo) ai a coisa ficou séria! Meu sonho era aplicar golpes do meu utópico curso de kickboxing (3° conclusão: um curso de defesa pessoal não faz mal a ninguém) e finalizar todos eles para dentro do canal, mas na vida real precisamos respirar fundo e ser o mais racional possível para nos livrarmos de uma situação dessas.

Andando num ritmo de marcha atlética, procuramos um policial ou algo parecido ali nos arredores, mas foi totalmente sem sucesso. O jeito foi pegar um atalho forçado até nosso hostel (numa rua próxima) para que os babacas pudessem superar o plano frustado de pagar o que fosse para entrar na cabine das duas brasileiras do Red Light District.  Na hora foi tenso, e não engraçado.


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