Como funciona o Tax Free?




Como todo o resto da viagem, o Tax Free foi uma surpresa para mim e acho válido descrever um pouco dessa experiência tão útil em viagens internacionais. Ainda no Brasil, algumas pessoas me alertaram sobre esse beneficio e como isso significava Dilmas ($$) a menos no meu budget da viagem, resolvi pesquisar.

Em suma, o turista que faz compras em certos países tem direito a receber de volta o valor do imposto (VAT) embutido na mercadoria. Na teoria, isso é lindo, mas na prática dá um pouco de trabalho. É preciso juntar as notas fiscais das lojas que operam o Tax Free (geralmente as grandes de departamento) para depois conseguir o reembolso das taxas. 

O problema é que a maioria das lojas só emite o formulário para o desconto acima de um determinado valor. Por exemplo, somente a(o) “bem nascida(o)” que adquirisse no mínimo €100 na loja Sephora teria direito à restituição. Porém, na meca do consumo espanhol, El Corte Inglés, não havia exigência do tal valor mínimo, e foi lá onde enfiei os dois pés na lama fizemos a maior parte das compras – geralmente nessas lojas é possível comprar de tudo, de meias e malas a perfumes e joias.

E para reaver seu rico dinheirinho funciona assim:

Munido do seu passaporte, informe à vendedora que deseja receber o benefício, ela vai emitir a nota fiscal. Com essa nota, procure na loja o setor de Tax Free e pegue a provável fila para executar a operação (sim, todo mundo praticamente faz isso). Eles vão te dar um formulário que basicamente é um papel com a descrição do produto, valor e assinatura da loja atestando a compra. É nessa hora que você informa qual a forma que deseja reaver a grana posteriormente.

Em posse desse documento é preciso partir para a segunda etapa da chatice: ir ao posto da Polícia no Aeroporto e solicitar o visto da autoridade aduaneira. Ele pode solicitar que você mostre os produtos comprados, no meu caso, ele só quis ver os produtos de maior valor (relógios), as outras tranqueiras passaram batido. Nesse caso, se você for despachar as compras nas malas é melhor fazer esse procedimento antes do check-in (lembre-se de chegar com antecedência ao aeroporto para não passar apuros). Com o visto devidamente carimbado no documento entregue pela loja, você ainda terá duas opções:

1º. Receber em dinheiro, e ai se prepare para enfrentar mais um tiquinho de fila no banco/casa de câmbio que fica no aeroporto. A devolução é feita em cash, na moeda do país;

2º. Estorno no cartão de crédito, que foi a nossa opção por ser mais rápido. Depois do visto no aeroporto, basta despachar o papel pela caixinha do correio que fica ao lado do balcão da polícia e milagrosamente o estorno ocorrerá na sua fatura. No meu caso, demorou menos de 15 dias, mas já vi gente que esperou mais de dois meses para receber.

Os valores da restituição variam de país para país. Na Espanha, por exemplo, o valor do imposto é de 17%, veja aqui o valor em outros países. Antes de viajar tente pesquisar se no país de destino é possível utilizar o recurso e, além de se perder pelas araras e prateleiras das lojas, procure pela plaquinha “Tax Free” e realize os trâmites das notas fiscais.

Dá muito um pouco de trabalho e confesso que é meio chato perder alguns minutos do nosso tempo precioso de viagem em filas, mas o valor compensa (do valor total das minha notas R$ 790, foi reembolsado R$ 100). Tudo vale a pena ao voltar de férias e receber a fatura do cartão menos gordinha e sem o fantasma do pagamento mínimo da fatura.

Post escrito por Núbia Blue Eyes



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