Caso: Briga na boate em Düsseldorf

Da Série Cuidado na Estrada!



Não querendo evidenciar aquela velha comparação entre o 1° mundo e o resto dele, mas....essa história aconteceu na cidade de Düsseldorf na queridíssima Alemanha. Já era noite e eu e minha prima pegamos um táxi rumo à balada da vez. O engraçado é que não encontramos de jeito nenhum o lugar que queríamos, mesmo com o endereço nas mãos. Pelo caminho vimos a boate St. James, tinha um monte de seguranças na porta, pessoas bem arrumadas entrando, pareceu-nos um lugar de classe. Perguntamos ao segurança se podíamos entrar, ele pediu nossos documentos e depois disse que sim (será que o passaporte verdinho fez sua mágica?).

Entramos e realmente era um lugar bacana. Bem decorado, pessoas descoladas, um bar maneiro e uma música muito boa. Fizemos ali um reconhecimento do perímetro, deixamos os casacos na chapelaria, sentamos no bar e ficamos amigas do Deus Grego, digo, barman e estava tudo muito bem. 

De repente um burburinho começa em um lado do salão, justo na hora em que estávamos passando. Empurra-empurra e muitas palavras em alemão foram proferidas em voz alta. Depois de nos desvencilharmos do auê, identificamos uma briga bem barraqueira entre duas mulheres pelo motivo clássico e reconhecidamente universal: homens! Era uma baita cena de ciúme com muito estresse no ar. Rapinho os seguranças tiraram as gurias alteradas da pista e a festa foi despausada. Muito esquisito, já que não tínhamos visto nenhuma fagulhinha de briga em nenhuma balada pelas quais já tínhamos passado. 

A noite seguiu e algumas horas depois decidi ir ao banheiro. Enquanto esperava minha vez, uma mina que demorou 500 anos finalmente saiu do banheiro cambaleando. Eu entrei e minha prima ficou ali na porta fazendo o meu backup. Do nada, do nada, uma promoter da festa atravessa a coitada da minha prima e começa a esmurrar  (lê-se espancar) a minha porta gritando enfurecidamente coisas em puríssimo alemão. Parece que ela estava atrás da mina tri-bêbada que estava há pouco passando mal, a Clarissa interveio tentando explicar que era outra pessoa lá dentro (eu) em inglês: "It's my cousin inside! She's ok! She's not drunk!". A moça estava incrivelmente possessa da vida e com muita fúria respondeu a ela: "In deutsch! In deutsh!" (que mais ou menos traduzido para o português seria: "Fala em alemão, porra!! Fala em alemão, porra!"). Cinco segundos depois, eu saio do banheiro sem entender bulhufas e encontro minha prima um pouco perplexa tentando reunir as poucas palavras que sabíamos em alemão tipo Hitler, Wolksvagen, Oktoberfest e assim por diante. Poxa, em meio ao estresse ainda ter que raciocinar em alemão era maldade, muita maldade. Numa hora dessas, se eu fosse a bebaça eu tinha tratado de pegar minhas amigas e desaparecido bem rapidinho. 

Voltamos para a pixta rindo um bocado do acontecido e com uma lição aprendida: nunca passe mal na balada alemã ou você será linchada na própria sarjeta num alemão bem desbocado. Na hora de embora, sabe quem estavam lá na porta da balada rodeadas de policiais? As duas briguentas de mais cedo. Já tinha passado muito tempo desde a porrada e elas estavam até aquela hora dando explicações para a polizei. Sim, aprendemos a segunda lição da noite: briga na balada, seja de homem ou de mulher, acaba com a polícia e interrogatório noturno, mano! 

Alemanha, ich liebe dich!

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